GUIMARÃES (Portugal): Interior da Igreja de São Miguel do Castelo.
Trata-se de uma vetusta construção românica, com uma planta formada por dois rectângulos desiguais.
A fachada mostra um portal de volta perfeita e com tímpano liso; duas fiadas de cachorros decoram as cornijas.
Nas paredes abrem-se pequenas frestas de iluminação.
No interior existe uma pia baptismal, onde, segundo a tradição terá sido baptizado D. Afonso Henriques.
O pavimento lageado assenta num cemitério romano-visigótico.
A construção primitiva, possivelmente em terra e madeira, foi edificada entre 959 e 968, pela condessa Mumadona viúva do conde Hermenegildo Mendes, para proteger o seu mosteiro e a povoação local das invasões normandas. Mais tarde, o conde D. Henrique remodelou o castelo, em cuja alcáçova terá nascido D. Afonso Henriques, 1º rei de Portugal.
Da história deste castelo fazem parte vários cercos, como o efectuado pelos castelhanos no reinado de D. Fernando I, suportado vitoriosamente pelos sitiados, e durante a crise de 1385, em que demorou a rendição desta praça a D. João I.
O castelo é constituído pela imponente Torre de Menagem, que atinge 27 metros de altura, construída no tempo do primeiro monarca, e por oito torres quadrangulares que no seu conjunto rodeiam aquela torre, protegem os panos de muralha e flanqueiam as entradas. A muralha ameada apresenta uma planta aproximadamente pentagonal. Parte destas obras deverão ser do tempo de D. Fernando.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja de Santa Maria (matriz de Airães).
O pórtico, inserido num corpo avançado em gablete, apresenta quatro arquivoltas de arestas vivas e colunelos de capitéis e bases decorados, com fustes lisos, cilíndricos os interiores e os intermédios, prismáticos os exteriores.
As colunas apresentam bases decoradas com círculos, losangos e elementos vegetalistas, complementadas com garras e máscaras, fustes redondos à exceção de um, prismático, ornamentado com máscaras e capitéis, com padrões comuns à bacia do Sousa, com decoração de inspiração vegetalista, nomeadamente cogulhos, acantos e entrançados, já de feição protogótica.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja de Santa Maria (matriz de Airães).
A sua fundação remonta ao século X. Tem origem românica, de que conserva o seu principal prospecto, tendo sofrido alterações nos séculos XVII e XIX. O portal principal e a capela-mor são os mais significativos elementos medievais subsistentes.
O pórtico, inserido num corpo avançado em gablete, apresenta quatro arquivoltas de arestas vivas e colunelos de capitéis e bases decorados, com fustes lisos, cilíndricos os interiores e os intermédios, prismáticos os exteriores.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja do Salvador (matriz de Unhão).
O portal apresenta quatro arquivoltas lisas de arco perfeito apoiadas em colunelos de fustes cilíndricos e oitavados com capitéis e bases decorados. O tímpano é vazado, formando uma cruz. A arquivolta exterior é emoldurada por um arco com decoração enxaquetada.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja do Salvador, matriz de Unhão
Unhão é um importante templo do Vale do Sousa, que deflecte bem a importância e o alcance do processo de povoamento desta região em pleno século XIII. Um primitivo templo foi sagrado pelo Bispo de Braga em 1165, mas o que hoje podemos observar corresponde certamente a uma reforma posterior verificada nas primeiras décadas do século XIII – ou a um continuado e lento processo edificador iniciado nesse ano de 1165?
É um templo de modestas proporções, de nave única e capela-mor retangular, fachada principal, orientada a Oeste, em empena truncada, coroada por pináculos e cruz sobre base decorada ao centro cujo principal motivo de interesse reside no seu portal principal. Este é inscrito em gablete e compõe-se de quatro arquivoltas de arco de volta perfeita, decoradas com motivos geométricos e vegetalistas (a exterior em forma de moldura de enxaquetados), que enquadram um tímpano preenchido com a típica cruz de malta, envolvida por cordagens entrelaçadas, vazada de tradição bracarense.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja do Salvador (matriz de Unhão).
Templo de construção românica cuja sagração remonta a 1165. Todavia, os elementos românicos, agora patentes no edifício, apresentam características mais tardias. A fachada principal, alterada na época barroca, é encimada por pináculos e uma cruz.
FELGUEIRAS (Portugal): Igreja de São Vicente Mártir (matriz de Sousa).
Apresenta características do românico final. Os capitéis e impostas dos colunelos do pórtico principal são esculpidos com elementos vegetalistas e geométricos.