A fachada das Escolas Maiores está dividida em três corpos:
O primeiro contém o medalhão dos Reis Católicos que empunham o mesmo cetro. Sobre as suas cabeças temos o jugo de Fernando e as flechas de Isabel. O segundo contém, no centro, o escudo de Carlos V, rematado com uma cruz sobre uma coroa. À direita a águia de São João e dos Reis Católicos, à esquerda a águia bicéfala do Império. No terceiro corpo há uma capelinha.
A sua construção foi dedicada aos Reis Fernando e Isabel em 1534.
Tímpano da porta da “Coronería” na Catedral de Burgos
Porta de “Coronería”, ou Cordelería, ou Alta, ou dos Apóstolos. Foi terminada em 1250 e é da autoria de mestre Enrique. No tímpano está representado o Juízo Final, com Cristo no trono rodeado pela Virgem Maria e São João Baptista. Na parte inferior está S. Miguel a pesar as almas e a separar os justos dos condenados. O tímpano é rodeado por três arquivoltas com anjos e outras representações do Juízo Final.
Arca-Relicário dos Mártires de Marrocos
Exemplo de escultura tumular, esta arca abre o capítulo da escultura gótica, constituindo o mais antigo documento iconográfico que testemunha o culto aos cinco mártires franciscanos. Foi executada para o Mosteiro de Lorvão, para acolher uma relíquia daqueles santos, concedida pelo monarca à Infanta D. Sancha.
Destinada a ser embutida em arcossólio, apresenta apenas trabalhado um lado, formando seis edículas para albergar os cinco mártires e o monarca de Marrocos.
A fotografia foi tirada em 2003, na exposição “Escultura de Coimbra: do Gótico ao Maneirismo“, no âmbito de “Coimbra – Capital Nacional da Cultura 2003“.
Actualmente, encontra-se no Museu Nacional de Machado de Castro.
Estátua de cavaleiro
Escultura do século XIV, em calcário, com as armas heráldicas representadas no escudo, evocando simultâneamente a função guerreira da nobreza e a identidade da respectiva linhagem.
O cavaleiro representa Domingos Joanes, sepultado na Capela dos Ferreiros, como testemunham os atributos militares – elmo, cota de malha, escudo de armas e espada, sapatos de bico e esporas – e heráldicos – escudo de azul, com aspa de prata acompanhada de quatro flores-de-lis de ouro – que ostenta. A exaltação dos valores militares integra-se num contexto funerário, associando o cavaleiro a uma dimensão religiosa, bem característica da espiritualidade medieval.
A fotografia foi tirada em 2003, na exposição “Escultura de Coimbra: do Gótico ao Maneirismo“, no âmbito de “Coimbra – Capital Nacional da Cultura 2003“.
Actualmente, encontra-se no Museu Nacional de Machado de Castro.
Detalhe de escultura românica
A escultura e a pintura românicas não se propunham à representação fiel da natureza. Tendiam, antes, a uma generalização dos traços e ao expressionismo, por enfatizarem os estados psicológicos e por darem tratamento exagerado a certos aspectos da fé, de modo a realçar as representações de interesse doutrinário, como as do mal, do pecado e do inferno.