Portal axial de arco apontado com cinco arquivoltas. O tímpano repousa sobre duas consolas figurando um bovídeo e uma cabeça humana, e possui um círculo central com inscrição, ladeado por dois outros menores, onde estão representados um atlante feminino suportando a Lua e um masculino o Sol.
Fonte: “Portugal – Património“, Álvaro Duarte de Almeida e Duarte Belo.
Na fachada principal sobrepõem-se elementos góticos e barrocos. O portal principal é flanqueado por duas torres, uma delas inacabada, o que dá um aspeto de igreja-fortaleza a esta catedral.
FELGUEIRAS (Portugal): Pórtico principal da Igreja de São Vicente Mártir (matriz de Sousa).
Apresenta características do românico final. O pórtico principal, encaixado em corpo avançado ligeiramente gabletado, tem arco de quatro arquivoltas ornamentadas, a exterior com curiosos elementos estrelados.
A igreja de San Román foi um templo mudéjar consagrado no ano de 1221. Como se pode ver na imagem, são bem visíveis os arcos em ferradura, testemunhos da forte influência moçárabe na cidade.
O portal neste alçado, inscrito em gablete, voltado a Sul, e decorado com alusões ao modelo de vida conventual e à ordem franciscana, bem como, provavelmente, à própria fundadora, pela repetição da letra Y, alusão cristológica (a letra, equivalente ao J, representa o nome de Jesus) mas que remete igualmente para o nome de Justa Rodrigues, tem arquivoltas apontadas, com dois baldaquinos de cada lado (sem estátuas).
Consta que a Igreja de S. Julião foi fundada por pescadores em finais do séc. XIII. Foi reconstruida por diversas vezes, devido a tremores de terra – as respetivas obras alteraram-lhe a traça original e realizaram-se em 1513, por indicação de D. Manuel I, e no séc. XVII; contudo os maiores danos ocorreram no séc. XVIII, após o terramoto de 1755, tendo sido novamente reconstruida já no reinado de D. Maria I.
Conserva do período de quinhentos, na fachada principal e lateral, dois portais manuelinos (um dos quais magnífico).Este último, colocado na parede Norte como provavelmente estaria na disposição original, é um importante exemplo da arquitetura coeva, sendo inclusivamente comparado ao trabalho de Diogo de Boitaca na igreja setubalense do Mosteiro de Jesus e na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos (SILVA, J. Custódio Vieira, 1990, p. 70).
A entrada da igreja faz-se por um portal constituído por três arquivoltas de arco pleno e inteiramente revestidas com motivos manuelinos, renascentistas e platerescos, encimado por um corpo que ostenta a representação da esfera armilar e sobre esta uma estátua da Virgem, ladeada de outras esculturas. Este belo conjunto, data de cerca de 1515 e é obra de João de Castilho.
O lindo portal do período de transição românico-ogival, cuja restauração está hoje concluída, é formado por doze arquivoltas, que numa suave elegância nascem, aos grupos de duas, do ábaco simples. Quatro colunas de fustes cilíndricos lisos sustentam, de cada lado, as ogivas. Os capitéis representam aves brincando e beijando-se, num desenho ingénuo, como que estilizado. É o simbolismo do amor ! As bases são ornamentadas de fitas entrelaçadas. Rematando o portal, na parte superior, foi descoberto, também, um pequeno nicho com uma escultura de granito muito primitiva (séc. XII), representando a Virgem com o Menino no regaço, dum sentimento simples e calmo.
A actual Sé da Guarda recua aos finais do século XIV. O último monarca da primeira dinastia não consumou a promessa de iniciar as obras de novo templo, facto que apenas aconteceu já no reinado de D. João I, por iniciativa do bispo D. Vasco de Lamego, partidário da causa de Avis nos anos da crise dinástica. As obras, contudo, haveriam de se revelar bastante lentas, sendo o edifício terminado apenas no reinado de D. João III, já em pleno século XVI. Século e meio de estaleiro activo fizeram da Sé da Guarda um dos mais interessantes monumentos tardo-góticos nacionais, em que a sucessão de opções estéticas está bem presente. Na actualidade, consideram-se dois grandes momentos artísticos da construção: um primeiro, gótico, na influência do Mosteiro da Batalha, e um segundo, já manuelino, longinquamente relacionado com a arte de Boytac.
A feição fortificada de todo o conjunto é uma das características essenciais desta catedral, de que se destaca a maciça composição tripartida da fachada principal, virada a Oeste, sendo visível um primitivo remate em empena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido. Sobre o portal, rasgam-se duas frestas e óculo circular com moldura de cantaria saliente. A estrutura é ladeada por duas torres octogonais, com a zona inferior marcada por contrafortes laterais, dividindo-se em três registos marcados por friso, os inferiores, rasgados por frestas profundas, formando capialço e remate em arco de volta perfeita, surgindo, no segundo, janelas em arcio de volta perfeita e, no superior, quatro sineiras em arco de volta perfeita. Nas faces frontais, ostentam duas pedras de armas do bispo D. Pedro Vaz Gavião.
O Mosteiro de Armenteira é um dos melhores expoentes do românico galego, ainda que o passar dos séculos tenha inevitavelmnete deixado marcas de diferentes estilos arquitectónicos no edifício. Nas suas origens, o templo pertenceu à ordem de Cister e julga-se fundado por Ero de Armenteira em 1168. Na fachada, do século XII, destaca-se o portal rodeado por seis arquivoltas, apoiadas em colunas com capitéis decorados com motivos vegetalistas.