Castelo de Chaves

CHAVES (Portugal): Castelo de Chaves
CHAVES (Portugal): Castelo de Chaves

Do castelo medieval, de meados do séc. XIII, sobreviveu apenas parte da muralha e a Torre de Menagem. É uma torre airosa e bonita, da altura de um edifício moderno de oito a nove andares. Nas paredes, lisas e quase sem decoração, há algumas seteiras, em geral bastante estreitas. Há também, na fachada voltada para leste, varandas, em madeira. O topo da torre esta rodeado por merlões e ameias. Nos cantos, tem pequenos balcões, semicirculares, suportados por matacães.
Internamente é dividida em rés do chão (cisterna) e mais três pavimentos com tecto em abóbada de berço.

Tirantes na catedral de Tui

TUI (Espanha): Tirantes na catedral de Tui.
TUI (Espanha): Tirantes na catedral de Tui.

A pesada estrutura granítica da Catedral esmaga-nos, tanto mais que algo nos desconcerta ao identificarmos claramente o estilo românico – à semelhança de Santiago de Compostela, mas de uma dimensão mais próxima de uma Sé Velha ou Sta. Cruz de Coimbra – com um remate de abóbada claramente gótico. Como a estrutura original não estava concebida para tamanhas alturas, rapidamente se improvisaram soluções para estabilizar o edifício que ameaçava ruir com o peso da abóbada. À falta dos arcobotantes típicos do gótico, utilizaram-se uns tirantes entre os pilares que suportam a abóbada. Estes foram aplicados ao longo dos séculos, sendo o último do séc. XVIII.

Catedral de Tui

TUI (Espanha): Catedral.
TUI (Espanha): Catedral.

A Catedral de Santa Maria de Tui está situada na cidade de Tui, na Galiza. A construção da catedral foi iniciada no século XI, em 1095, pois aparece mencionada nos documentos de doação aos condes de Borgonha, Raimundo e Urraca, e foi terminada em 1180, em plena época do estilo românico. Neste estilo conserva-se a planta, a portada norte e a iconografia dos capitéis. A sua influência estendeu-se a toda a região do Minho, galego e português, que se reflete nas inúmeras igrejas paroquiais e monacais. Também contém elementos de estilo gótico na fachada principal, datada aproximadamente de 1225, o que aponta para que esta seja a primeira construção de estilo gótico de toda a Península Ibérica.
A catedral é o máximo expoente do património artístico de Tui. Situa-se na parte mais alta da cidade, na coroa do antigo castro de Tide, que deve ter existido antes do início da era cristã.

Catedral de Santa Maria #2

CIUDAD RODRIGO (Espanha): Catedral de Santa Maria.
CIUDAD RODRIGO (Espanha): Catedral de Santa Maria.

Começada a construir no sec. XII, as obras prolongaram-se até ao sec. XIV, daí que o seu estilo seja de transição românico/gótico. A torre neoclássica foi construída no séc. XVIII por Juan de Sagarvinaga.

Catedral de Santa Maria

CIUDAD RODRIGO (Espanha) - Catedral de Santa Maria.
CIUDAD RODRIGO (Espanha) - Catedral de Santa Maria.

A catedral de Santa Maria de Ciudad Rodrigo foi construída entre o século XII e o século XIV, promovida pelos reis leoneses e castelhano-leoneses. O seu estilo foi apelidado de românico de transição. Na imagem pode ver-se a porta das ‘cadeias’ (o nome é devido às correntes que delimitavam o seu átrio). Tem um friso gótico com doze figuras do Antigo Testamento (Abraão, Moisés, etc.) e um tímpano em que na Idade Moderna se colocaram 4 figura românicas, com Cristo Pantocrator no meio.

Torre do Galo

SALAMANCA (Espanha): Exterior do zimbório românico da Catedral Velha de Salamanca, conhecido como a torre do galo.
SALAMANCA (Espanha): Exterior do zimbório românico da Catedral Velha de Salamanca, conhecido como a torre do galo.

Na zona sul do reino de Leão foi desenvolvida uma tendência regional nas catedrais de Zamora e Salamanca (velha), bem como na colegiada de Toro, observando-se uma emancipação das formas que predominavam em Leão. Existem coincidências importantes nas plantas e nas abóbadas de berço, mas sobretudo nos zimbórios, umas torres lanterna que se dispunham no nascimento das cúpulas. As três torres lanterna destas igrejas, com a sua forma característica, formam um caso excepcional no românico espanhol e só se construíram outras similares na cidade portuguesa de Évora e na Capela de São Pablo da catedral Velha de Plasência.

Capitéis do portal românico da Sé de Lisboa

LISBOA (Portugal): Capitéis do portal românico da Sé.
LISBOA (Portugal): Capitéis do portal românico da Sé.

A Sé, um dos monumentos medievais mais antigos de Lisboa, data da 2ª metade do séc. XII. Construída no reinado de D. Afonso Henriques, após a tomada de Lisboa aos mouros, situava-se dentro da Cerca Moura. Durante a Idade Média a Sé funcionou como um pólo de fixação religiosa, cívica e cultural. No adro e por vezes no seu interior funcionaram as reuniões dos homens-bons da assembleia municipal. Anexa, existia a Escola da Sé, que foi frequentada por Fernando de Bulhões, futuro Santo António. O Paço Episcopal situava-se no Claustro da Sé, junto ao Beco do Quebra-Costas.
O portal românico recolhido ao fundo da galilé, mostra arquivoltas semicirculares que assentam em colunelos reentrantes, deixando ver capitéis com relevos de motivos vegetalistas, geométricos e antropomórficos.

Sé de Lisboa

LISBOA (Portugal): Sé de Lisboa
LISBOA (Portugal): Sé de Lisboa

Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida, modelo essencialmente de raiz normanda, devido, com grande probabilidade, à origem do arquitecto Roberto.
Nos séculos seguintes, deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal (uma capela privada de carácter funerário instituída por este importante burguês da Lisboa medieval, para si e para os seus companheiros), o claustro dionisino (obra marcante na evolução da arte gótica nacional, que apesar da sua planta irregular e localização a nascente do conjunto edificado, é uma das construções mais emblemáticas no processo de renovação arquitectónica e escultórica verificada no reinado de D. Dinis) e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar. Esta constitui o mais importante capítulo gótico entre Alcobaça e a Batalha e é o único deambulatório catedralício gótico nacional.

Capitéis da Sé Velha de Coimbra

COIMBRA (Portugal): Pormenor dos capiteis superiores (janelão) da sé Velha em Coimbra.
COIMBRA (Portugal): Pormenor dos capiteis superiores (janelão) da sé Velha em Coimbra.

Os capitéis, arquivoltas e jambas do portal e do janelão são abundantemente decorados com motivos românicos com influências árabes e pré-românicas.
O aspecto mais notável da decoração românica da Sé Velha é o grande número de capitéis esculpidos (cerca de 380), que a converte em um dos principais núcleos da escultura românica portuguesa. Os motivos são entrelaços geométricos e vegetalistas de influência árabe ou pré-românica, assim como quadrúpedes e aves enfrentadas. Praticamente não há representações humanas, e não ha´ nenhuma cena bíblica. A ausência de figuras humanas é, talvez, consequência de os artistas serem moçárabes (cristãos arabizados) que se haviam estabelecido em Coimbra no século XII.

Arquivoltas do portal da Sé Velha de Coimbra

COIMBRA (Portugal): Arquivoltas do portal da Sé Velha
COIMBRA (Portugal): Arquivoltas do portal da Sé Velha

Destaca-se a profusão de capitéis decorados com temas vegetalistas e animalistas, no que constitui o mais rico programa iconográfico do Românico português. Alguns capitéis mostram influências islâmicas, outros são semelhantes aos do claustro de Saint – Sernin de Toulouse e das escolas de Saintonge e Poitou.