A torre, de planta quadrada, tem 88 metros de altura e, na altura em que foi construída, foi a mais alta de Espanha. A sua construção é em estilo gótico e terminava com um capitel de madeira (mogno) trazida da América. Todavia, este foi destruído por um raio em 1614, pelo que o arquiteto Mugaguren colocou em seu lugar uma cúpula em estilo herreriano e baixou a sua altura em 12 metros.
O claustro é oriundo da antiga catedral, foi transladado pedra a pedra para o atual local. É uma obra do gótico flamejante do século XV de Juan Guas, encomendada pelo bispo Arias Dávila.
Tem uma base quadrada, na qual podemos encontrar diversas capelas e no centro do pátio temos um poço. É também no claustro que se encontra sepultado o arquiteto da catedral Rodrigo Gil de Hontañon.
SEGÓVIA (Espanha): Janelas do claustro da catedral.
O claustro é oriundo da antiga catedral, foi transladado pedra a pedra para o actual local.
As janelas têm 3,55m, divididas com sete mainéis. Sobre estes mainéis formam-se arcos com diversas combinações geométricas.
O claustro situa-se no lado sul da catedral, é uma obra do gótico flamejante do século XV de Juan Guas, encomendada pelo bispo Arias Dávila.
Tem uma base quadrada. As galerias têm uma altura de 5,25m cobertas com abóbadas de cruzaria simples, à exceção de uma.
No claustro podemos encontrar diversas capelas e no centro do pátio temos um poço. É também no claustro que se encontra sepultado o arquiteto da catedral Rodrigo Gil de Hontañon.
Os finais do século XV e as primeiras décadas do século XVI constituíram uma revolução política e económica em Espanha (conquista de Granada, unificação política e colonização de América) que permite a construção de um grande número de templos góticos muito tardios (gótico flamejante) que se cristaliza no estilo “isabelino” e que por vezes se funde com as primeiras manifestações renascentistas.
Também se constroem grandes catedrais neste gótico final, como as naves da catedral de Palencia, a catedral Nova de Salamanca e a de Segóvia.
A catedral de Segóvia foi construída entre 1525 e 1577 para substituir o templo românico que aí se encontrava.
O arquiteto responsável foi Juan Gil de Hontañón que traçou um templo de três naves com capelas laterais, cruzeiro e cabeceira semicircular com girola, rodeada de capelas radiantes.
O claustro é de 1470 e já estava adossado à antiga catedral românica. Foi transladado pedra a pedra para o seu novo local.
A Catedral de Santa Maria de Segóvia, conhecida como a Dama das Catedrais, devido às suas dimensões e à sua elegância, é uma catedral construída entre os séculos XVI e XVIII, de estilo gótico com traços de renascentismo. Juntamente com a Catedral Nova de Salamanca, é a montra do gótico mais tardio em Espanha.
O portal neste alçado, inscrito em gablete, voltado a Sul, e decorado com alusões ao modelo de vida conventual e à ordem franciscana, bem como, provavelmente, à própria fundadora, pela repetição da letra Y, alusão cristológica (a letra, equivalente ao J, representa o nome de Jesus) mas que remete igualmente para o nome de Justa Rodrigues, tem arquivoltas apontadas, com dois baldaquinos de cada lado (sem estátuas).
SETÚBAL (Portugal): Janelão manuelino no Convento de Jesus.
No exterior, na fachada Sul, numa das faces da cabeceira octogonal, inscreve-se um belo janelão de inspiração gótica-manuelina, outrora revestido de belos vitrais.
O lançamento da primeira pedra deste convento foi feito em 17 de Agosto de 1490, com posteriores ampliações. À Igreja tem-se acesso por um portal talhado em brecha da Arrábida e repleto de elementos de forte significação litúrgica, representando atributos do franciscanismo, em que a fundadora, Justa Rodrigues Pereira, se inspirou. A obra é estilisticamente atribuída ao arquiteto Boitaca.
SETÚBAL (Portugal): Portal norte da Igreja de S. Julião.
Consta que a Igreja de S. Julião foi fundada por pescadores em finais do séc. XIII. Foi reconstruida por diversas vezes, devido a tremores de terra – as respetivas obras alteraram-lhe a traça original e realizaram-se em 1513, por indicação de D. Manuel I, e no séc. XVII; contudo os maiores danos ocorreram no séc. XVIII, após o terramoto de 1755, tendo sido novamente reconstruida já no reinado de D. Maria I.
Conserva do período de quinhentos, na fachada principal e lateral, dois portais manuelinos (um dos quais magnífico).Este último, colocado na parede Norte como provavelmente estaria na disposição original, é um importante exemplo da arquitetura coeva, sendo inclusivamente comparado ao trabalho de Diogo de Boitaca na igreja setubalense do Mosteiro de Jesus e na Igreja do Mosteiro dos Jerónimos (SILVA, J. Custódio Vieira, 1990, p. 70).