Apresenta características do românico final. O pórtico principal, encaixado em corpo avançado ligeiramente gabletado, tem arco de quatro arquivoltas ornamentadas, a exterior com curiosos elementos estrelados.
Igreja de São Vicente Mártir

Segundo uma inscrição existente foi consagrada a S. Vicente em 1214. Apresenta características do românico final. Planta simples com corpo composto de nave única separada da capela-mor por grande arco triunfal.

O pórtico principal tem quatro arquivoltas perfeitas assentes em colunas com bases e capitéis profusamente decorados com motivos geométricos e fitomórficos, ostentando o tímpano Cruz de Malta esculpida, sobrepujado por rosácea formada por círculos polilobados.
Cordeiro místico
Porta norte da Igreja de Bravães
Interior do Mosteiro de Bravães

O templo de Bravães é, com certeza, um dos mais importantes monumentos românicos portugueses.
No interior, a nave é corrida por friso enxaquetado, com quatro frestas ladeadas por colunas com capitéis e impostas decoradas por motivos vegetalistas e geométricos apoiando arcos plenos. Sobre o pórtico axial dupla arquivolta e tímpano com nó de Salomão, encimado por vão cego, possivelmente uma fresta. Cobertura em madeira. Arco triunfal decorado por friso com leões e folhas, colunas com capitéis e imposta corrida esculpida; bases com grifos. É ladeado por dois frescos representando Martírio de São Sebastião e a Virgem, de pé, com o Menino nos braços. Encima-o rosácea esculpida. Capela-mor percorrida por friso enxaquetado, com três frestas e cobertura de madeira.
Portal ocidental do Mosteiro de Bravães

A igreja notabiliza-se, sobretudo, pelo «(…) seu portal, voltado a ocidente, constituído por cinco arquivoltas recamadas de motivos figurativos e geométricos, avultando, depois, no tímpano, o relevo do Cristo em majestade acolitado por dois anjos. Os colunelos que sustentam as arquivoltas encontram-se, por sua vez, esculpidos de alto a baixo – nos capitéis, nos fustes e nas bases –,sendo de referir pela sua raridade no panorama do nosso românico, as figuras humanas que aparecem em dois fustes, frente a frente.»
Mosteiro de Bravães

A Igreja ou Mosteiro de Bravães constitui, sem dúvida, uma das igrejas românicas mais interessantes da Ribeira Lima e um dos mais notáveis monumentos do concelho de Ponte da Barca. Tem planta longitudinal, composta por nave única e capela-mor rectangular, mais baixa e estreita, com sacristia anexa a Norte e Volumes articulados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas.
Ao que tudo indica, o primitivo mosteiro foi fundado por D. Vasco Nunes de Bravães, provavelmente ao redor de 1080, data apontada por Figueiredo da Guerra, há mais de cem anos, mas ainda não sujeita a crítica convincente, uma vez que, desse edifício, nada chegou aos nossos dias.
A obra do século XII, que se conserva na generalidade, não está isenta de problemas de datação e de identificação. Tem-se atribuído a promoção da campanha ao prior Egas Mendes, falecido em 1187 (e cuja lápide funerária se conserva na parede a ladear o portal Sul), mas desconhece-se por volta de que ano se iniciaram os trabalhos, nem se, em algum momento da segunda metade do século XII ou viragem para o XIII, o estaleiro se viu obrigado a paralisar. Ferreira de Almeida entendeu que, nas primeiras décadas de Duzentos, uma nova igreja reutilizou elementos da anterior, mas também é possível que os trabalhos tenham decorrido normalmente ao longo de mais de meio século, de nascente para poente e sem interrupções prolongadas.
À primeira fase de obras pertence o arco triunfal, datável dos meados do século XII. Os seus capitéis cúbicos, decorados com duas ordens de folhagem (melhor conseguido o do lado Norte), apresentam semelhanças com a cabeceira de São Cláudio de Nogueira, datada de 1145. As suas aduelas e os frisos da arcada e das impostas são também elementos que apontam para uma obra a rondar os meados do século, evidenciando o marco artístico bracarense da campanha.
Portal da igreja de San Román em Toledo
Igreja de San Andrés

A igreja de San Andrés encontra-se situada no centro histórico de Segóvia, próxima da catedral. É uma igreja românica do século XII que possui uma impressionante fachada e na qual sobressaem a sua torre mudéjar, de quatro pisos em ladrilho, e as absides junto a ela. É assim no exterior que se concentram os seus elementos mais interessantes.
Interior da Igreja de Santa Maria do Castelo

O espaço interior, já desprovido de cobertura, apresenta uma nave segmentada mais ou menos a meio por uma parede transversal, onde foi inserida uma porta de lintel reto, encimada por uma fresta. No espaço junto ao portal observa-se uma pia de água benta semicircular e, no lado oposto, jaz a pia batismal de forma semiesférica e, ao lado, observa-se a base de uma coluna com motivos vegetalistas estilizados nos ângulos. No espaço mais próximo do arco triunfal conserva-se a base quadrada do púlpito e respetiva escada. O arco triunfal é quebrado e lateralmente existem ainda as mesas dos altares colaterais.